2005

Café Piu Piu

15 de novembro

10º aniversário

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O Batuka! Brasil 2005 aconteceu no dia 15 de novembro na capital de São Paulo. Foi uma edição que reuniu amigos, pessoas bacanas e onde a boa energia prevaleceu. Eu posso dizer que, em 10 anos, o Batuka! Brasil conquistou um público seleto e maravilhoso de pessoas que realmente sabem o quanto este festival é importante. Pessoas que vieram de outras cidades de São Paulo e de outros estados, como Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre, Distrito Federal, lugares carentes deste tipo de evento, e todas tinham um único objetivo: assistir ao Batuka! Brasil... Realizar o festival em um feriado foi o que possibilitou este movimento.

 

Em dez edições de Batuka! Brasil formamos uma equipe de profissionais e amigos. Este tem sido o segredo do nosso sucesso. Eu tenho tocado em diversos eventos fora do Brasil e posso garantir que o Batuka! é um dos mais importantes e prestigiados festivais. No ano passado fomos destaque em duas revistas internacionais, a americana Modern Drummer e a espanhola Bateria Total, esta também distribuída na America do Sul. Essas revistas foram exibidas durante o Batuka! Brasil 2005

 

O Café Piu Piu, localizado no bairro Bixiga, estava completamente lotado. O palco foi aumentado especialmente para o evento e também foi colocado um telão para reproduzir as apresentações e as mensagens nacionais e internacionais de bateristas e fabricantes de instrumentos, todos desejando mais sucesso e vida longa ao Batuka! Esta foi a edição na qual mais se sorteou instrumentos e outros brindes para o público. Em 2004, cada ingresso valia um CD Batuka! Neste ano, a fábrica de baquetas Liverpool, situada no sul do Brasil, confeccionou pares de baquetas modelo Liverpool-Batuka!. Cada pessoa que esteve presente no evento recebeu um par de baquetas. Também foram entregues exemplares da revista Backstage e catálogos das marcas apoiadoras do evento.

 
CONCURSO

 
Neste ano não aconteceu o Concurso Nacional de Bateristas porque esta foi uma edição comemorativa. Não tivemos o concurso porque requer um trabalho de produção todo especial e com meses de antecedência. Minha agenda pessoal estava comprometida e o tempo era curto. Mudei a 10º edição de aniversário para o ano de 2006. Meu amigo e baterista Virgil Donati queria muito vir e insistiu para que eu fizesse o evento este ano. Também tinha uma dívida pessoal com o talento peso-pesado, o incrível Fernando Schaefer. Foi então que decidi que... Teríamos em 2005 os 10 anos de Batuka! Brasil.

 
SHOWS

 
Convidei Elóy Casagrande - um pequeno-grande baterista, vencedor do concurso Batukinha! em 2004 e também do concurso da Modern Drummer Americana, apresentando-se nos Estados Unidos -, para ser o legítimo representante de todos os participantes do Concurso Nacional de Bateristas. Ele é um exemplo de conquista através da perseverança, de competência, de musicalidade, da seriedade, brasilidade e honestidade do Concurso Nacional de Bateristas. Era meu desejo que ele fosse visto por muitas pessoas que comparecessem em massa para ver o Virgil Donati. Esse é o trabalho do Batuka!: mostrar o que é brasileiro e com qualidade. Trazendo ao Batuka! Brasil atrações internacionais, faço com que o público compareça e conheça os novos talentos do Brasil, dando valor a eles.

 

Fernando Schaefer se apresentou com Kiko Loureiro (guitarra) e Felipe Andreoli (baixo), integrantes da banda Angra. Tocaram músicas do último disco solo de Kiko Loureiro, "No Gravity". Fernandão arrasou quando se apresentou com os integrantes da sua atual banda, a Endrah, Fabiano Salles e César Passos. Adrenalina pura! É a segunda vez que Fernandão participa do Batuka!

 

Pela terceira vez, o Virgil Donati veio com exclusividade para o Batuka!. Foi um sucesso, como sempre! Ver o Virgil uma vez ou duas, não basta. A terceira e com tantas novidades, merece uma quarta, quinta, e por aí vai. É muito bom para os ouvidos e para os olhos. Virgil é um fenômeno. É dono de uma técnica impressionante, uma dinâmica de deixar a todos com queixos caídos! Ele é realmente impressionante. É sangue na veia. Ele também ministrou duas classes para 30 músicos no IBVF.

 
SOM

 
O equipamento de som foi alugado para o evento. Eu mesma passei o mapa de palco para o Emerson Rigoni que se encarregou de tudo. Ele é o responsável técnico do Batuka! Brasil desde 2004. Confiei tudo a ele e ao técnico auxiliar Fabio Badi e ao coordenador de palco Nilson. Devido ao espaço físico, eu tinha uma preocupação que era ter uma mesa de som com canais suficientes para não haver mudanças no palco durante as apresentações. Os microfones utilizados foram Le Son e Audix, marcas que sempre apóiam o evento. O som ambiente e a projeção do telão ficaram por conta do Roberto, técnico de som do Café Piu Piu há muitos anos. A abertura com projeção no telão ficou por conta de Thiago Figueiredo.

 
EQUIPAMENTO DE SOM | Por EMERSON RIGONI

 
Técnico de som: Emerson Rigoni
Auxiliar técnico de mixagem: Fábio Badi
Coordenador de Palco (roadie): Nilson

A Expansom (www.expansom.com.br) foi a empresa que locou o equipamento para o Batuka! Brasil e está localizada em Mauá (SP) e é uma empresa de médio porte, porém competente na realização de eventos, e por isso mesmo é muito versátil, indo de um par de Art 500 até um PA em fly para 50 a 70 mil pessoas. No caso do Batuka!, fui o técnico responsável pelo projeto e locação do equipamento.

O equipamento teve que ser escolhido a dedo, pois o Café Piu Piu é um excelente local, porém com dimensões restritas. Sendo assim, foi equacionada a necessidade da praticidade.


EQUIPAMENTO UTILIZADO
01 MESA YAMAHA M3212
02 COLUNAS DE PA DAS SENDO 2 ST215 E 2 ST218
POTENCIAS PA CICLOTRON (TIP1000, TIP3000, TIP5000)
MONITORES CLAIR
POTENCIAS DE MON TIP 2000
PROCESSADORES DAS
8 COMPRESSORES E GATES DBX 266XL
4 COMPRESSORES E GATES DBX 1046
2 QUADRAGATES BEHRINGER MULTICOM PRO-XL MDX4600
2 PROC DE EFEITO SPX 2000
1 PROC DE EFEITO REV 500
06 EQUALIZADORES CICLOTRON TGE2313SX
02 EQUALIZADORES ASHLY GQX-3102
MICROFONES AUDIX E LESON


Microfonar um evento de bateria é algo novo e fascinante, pois a bateria é o instrumento com maior grau de dificuldade em uma mixagem pela variação de afinação e timbres. Eu já havia feito o ano passado e tive a mesma sensação, a microfonacão deve ser detalhada e precisa. Cada músico tem o seu perfil, o seu timbre, o seu gosto particular. Ali eles atuam para um público que, em sua maioria, é de músicos e também espera algo mais, algo novo. Sendo o técnico, tenho que interferir o mínimo possível neste intercâmbio; tenho que ser um coadjuvante, porém com enorme envolvimento. Não há diferenças. Há sim a dificuldade em manter a fidelidade das peças da bateria, escolhendo o melhor microfone e o melhor posicionamento para conseguir reproduzir a fidelidade timbral e pessoal mencionada acima.

Equipamento dos Bateristas

 

O baterista Elóy Casagrande usou a bateria ADAH e peles Evans, marcas pelas quais é patrocinado. Porém, o kit utilizado não era o seu próprio, mas sim um cedido pela ADAH para a apresentação de Elóy. Fernandão usou a própria bateria, uma Bauer com dois bumbos e pratos Orion, peles Michael. Virgil utilizou uma bateria Pearl e peles Remo, cedidas pela distribuidora dessas marcas, a Pride Music; e pratos Sabian e baquetas Vater, cedidos pela distribuidora dessas marcas, a Equipo.

 
APOIO CULTURAL: Liverpool, Sabian, Le Son, Gibraltar, Vic Firth, Audix, Evans, One Drum, Bauer, Orion, Vater, Adah, Michael Drumheads, Remo e Power Click. As revistas: Backstage e Áudio Música & Tecnologia.